sábado, 23 de julho de 2011

Lavar roupa todo dia...

Fui morar sozinha no verão! Beleza, não? A roupa seca rapidinho... Você lava no banho, arrasta o balde até a lavanderia e estende. Na volta do trabalho, ou na manhã seguinte, tudo pronto para usar. Se souber pendurar direito. Mas, este é assunto para OUTRO post.

Bom, chegou o inverno. Eu já vivia num apartamento com um fogão de 4 bocas, que apenas 2 funcionavam. O forno? NUNCA tive coragem de testar. A minha geladeira? Tinha certeza de qualquer dia acharia um gold fish nela,e tanta água brotava. Comprar sorvete? Só se fosse picolé, para vir tomando da padaria... Congelar comida? Outro assunto MUITO LONGO para quem mora sozinho, nem pensar.

Com a chegada do maravilhoso inverno paulistano, nem lavar roupa no chuveiro, nem pendurá-las eram mais atividades divertidas. Independente da trilha sonora... E a roupa secava? Obvio que meu estoque de toalhas de banho limpas acabou. Neste dia, foi o dia da REVOLUÇÃO DA MÁQUINA DE LAVAR! Decidi que não passaria mais um dia da minha vida sem este eletro-doméstico!

Liguei para minha avó para saber qual marca comprar e ela foi categórica: tem ser aquela da propaganda, “não é assim uma... Mas”. Como meu apartamento era um ovo, comprei a menor e mais simples. (Ok, mais barata tb). De ser a mais simples, não me arrependo, pois são automáticos a menos para quebrarem. Agora, de ser a menor? A luta para colocar e tirar o edredom dela seria bem mais fácil se tivesse comprado uma mais grandinha...

Nem preciso dizer que ela mudou minha vida, não? Até pensei em colocar no elevador um anuncio: lava-se roupa para fora, mas achei meio pagação de mico. Embora morasse no mesmo Edifício de um tal estilista, dado a agulhadas e assaltos a cemitérios, achei o King Kong muito grande!

Quando mudei para a casinha nova, minha máquina ganhou uma SENHORA lavanderia só para ela. Só depois de algum tempo ela veio a compartilhar o espaço com minha filha de 4 patas! Nesta lavanderia eu tenho 3, repito 3, varais suspensos. Vocês sabem o que é isso para uma pessoa que AMA lavar roupa? Um parque de diversão...

Vim para a Bahia, para não perder o habito, sinto falta da minha casa. Aqui na Bahia estou na terceira residência. E finalmente fiquei feliz em chegar a uma que tinha uma “máquina de lavar”. No início, por estar voltando para a casa da esposa de meu pai, deixei a sua assistente cuidar da minha roupa. Até presenciar a cena de ver um vestido de seda (daquele estilista que tem uma etiqueta tatuada na mão) sendo lavado como na beira do rio... Na verdade, sendo socado contra o tanque. Respirei fundo, conversei com meu pai se teria problema de eu mesma cuidar da minha roupa. TUDO é melhor ser perguntado e combinado.

Lá fui encarar a máquina de outra marca. Nada da “fulaninha” lavar a roupa na primeira tentativa. Ela só ficava enchendo, enchendo. Nunca mudava de ciclo, só enchia (literalmente).

Pedi o manual para a proprietária e por questão de honra decidi domar a lavadora. Se eu uso furadeira, o que uma simples máquina de lavar pode fazer contra minha pessoa?

Numa manhã de sol lindo, fui munida do manual, domar a bichinha! O “pobrema” da fofa era instalação. O nível de saída de água estava abaixo do nível interno, que marca que ela estava cheia. Coitadinha! Como ela encheria, se a ágüinha ficava saindo enquanto entrava?


Inicialmente minha birra pelo eletro-doméstico passou. Era “meio” barulhenta, “meio” lenta, mas ainda era melhor do que lavar na mão.

Até o grande teste: roupas sujas com saibro da quadra de tênis. A máquina não lava P&%$*# NENHUMA. Só faz barulho. E comecei a notar, quando o tempo deu uma esfriadinha aqui, que a centrifugação dela é tão eficiente, qto colocar as roupas na “Xícara Maluca” de qaulquer parquinho de diversões do interior.

Então, fica a dica para os moços ou moças que querem testar as habilidades (futuras ou não) do seu cônjuge: se ele aceitar a comprar uma máquina que não seja uma BRASTEMP, esqueça... Vc NUNCA terá uma dona de casa na vida. Existem outras máquinas que prometem mundos e fundos, até lavar e secar no mesmo aparelho... Como conselho de arquiteta digo: não acredite em milagre. E repare qual é a da casa da sua avó. Mesmo que ela tenha, hj em dia, de ficar acorrentada para não sair passeando pela casa.

E antes que alguém berre, acho O “ser dona de casa” um super elogio. Esse papo década de 50, 60, 70 de quem não tem empregada é pobre. Ou anos 80 de que se tem de cuidar da carreira já foi. É super divertido brincar de casinha, mas com os brinquedinhos certos! E se vc tiver uma super carreira e uma micro empresa para controlar na sua residência? MUITO mais divertido ainda!

TRILHA SONORA

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